sexta-feira, março 30, 2012

Bons Ares - 20.03 - Recoleta

da janela preguiçosa do quarto - namorinho!


O dia amanheceu cheio de uma preguiça que nos fez levantar da cama às 11h. Parecia que tinham umas dez mãos puxando a gente naquela Super King. Depois de muito lengar, não teve jeito: Rua! 

eu, super empolgada pulando as poças! uhuuuu!
E lá fomos nós, embaixo de chuva (e das marquises) e sem guarda-chuva. Pra dar aquela animada, fomos tomar o café da manhã no Bar 6. Super recomendado! Ele fica na própria Armenia, umas quatro quadras depois da nossa casa. 


Entramos no Bar 6 e de cara me agradei!  A luz baixa, o cheirinho de café e os sofás ao redor da mesinha baixinha de madeira prontos pra nos aquecer após o banho de chuva. Não perdemos tempo e nos jogamos nele! Tinham algumas opções de Desayuno, dentre eles o americano que vinha bacon, ovo e toda essa gordura que americano adora. Ficamos com o desayuno portenho mesmo: torradas, media lunas, geléias, cream cheese, sanduiche de jamon y queso, suco de laranja natural e café com leite! Mas a verdade é que o café da manhã de lá não se compara com o nosso, cheio de coisas, não importa a pousadinha que fique!


Quando terminamos, a chuva já havia dado uma trégua e partimos pra Recoleta! Primeiro fomos ao Cemitério onde foram enterradas as principais figuras de Buenos Aires, dentre elas, Eva Peron! Parece um pouco tosco, mas é um passeio que vale a pena, tanto que tá entre os pontos turísticos e só o que tinha eram pessoas com a câmera pendurada no pescoço. A arquitetura é belíssima! As tumbas ficam a mostra e o cemitério parece uma cidadezinha, cheia de ruas com igrejas e casinhas!




Ah, os gatos marcam presença! Em toda esquina tem um ou dois. Conta a lenda que os familiares levavam gatos para tomarem conta das tumbas! Rodamos por lá, vimos a tumba da família Duarte (da Eva Peron), de guerrilheiros e de chefes de Estado. 


Exercitando!

Think about

Passeamos por umas praças lindas que tem em Recoleta a caminho do Museu Nacional de Belas Artes, um dos lugares mais incríveis visitados na viagem! Uma infinidade de obras primas, tais como Monet, Picasso e Van Gogh. E o melhor: gratuito! Não tem fotos pra registrar esse momento, porque não é permitido fotografar. Mas tá tudo guardadinho na retina!

Saímos do Museu e fomos em busca da Flor de aço,  monumento famoso e que estampa vários cartões postais de lá. Seguimos o mapa, e, achando que ainda estávamos distante, nos deparamos com aquela monstruosidade! Ela era muito maior do que esperávamos! E linda!!! 


Fica dentro de um lago que fica transbordando. Beleza pura. Essa flor fica aberta durante o dia e se fecha a noite. Quando chegamos não tinha ninguém. Um gramado enorme e limpo e ela ao fundo. 

:D

Depois chegou um grupo de turistas e saímos em busca de mais belezas. Coisa bonita é o que não falta no bairro da Recoleta. Quando saímos da área da flor, passamos em frente a faculdade de direito, mega imponente e seguimos para o Palácio de vidro, onde vimos a exposição que estava lá, também gratuita! Ah, lá era permitido fotografar!

Faculdade de Direito de BsAs

palais de glace

Depois de tanto passeio, a fome apertou e já tínhamos escolhido o restaurante que iríamos comer: O José Luis. Cozinha espanhola! Mas, ao chegar lá, o restaurante ainda estava fechado e só abriria as 20h. Ah, vale falar que os restaurantes abrem tarde pra jantar, a maioria abre por volta das 21h.  O "jeito" foi fazer hora no Aroma. Espaço mega aconchegante que vende doces, tortas, cafés e sorvete da freddo. Eu tomei um de chocolate e doce de leite e Igor tomou um de chocolate amargo e creme irlandês. Aproveitei e comprei um vidro de doce de leite pra trazer na bagagem! O mais impressionante é que o pote de doce de leite é mais barato que o sorvete tamanho pequeno. Vai entender!


mas é gato, viu? : )

Demos um rolé pela praça da Recoleta e o céu tava deslumbrante! Tiramos algumas fotos por lá e passamos na igreja da praça,onde estava para começar uma missa! Saímos de lá fomos para o José Luis!

Igor na nossa mesa, no lado direito

A Espera valeu a pena demais. O lugar é lindo! Tem um jardim incrível do lado de fora, e, claro, foi onde ficamos. Clima super romantico e agradável. 

eu tomando nota aqui para o blog!


Comemos o cobierto e pedimos uma Paella de frutos do mar. Quando o prato chegou, fomos para a parte de dentro do restaurante, pois o frio deu uma apertada e o prato iria esfriar! Ahhh! Quase que me esqueço!!! Decerto a dona do estabelecimento quis nos agradar e colocou música brasileira pra tocar, e, adivinhem só? Pêpê e nenem, Leandro e leonardo, e, pra fechar com chave de ouro: KLB. A sorte é que a comida tava uma delícia! 


De bucho cheio, partimos pra Palermo e passamos no único mercadinho que tava aberto para nos equipar com vinho e cerveja. Resultado? Bebemos tudo que tinha na geladeira, conversamos sobre coisas que nem existem e fomos dormir bêbados e felizes!



Na ponta do Lápis :

Desayuno: 30 por pessoa
Cemitério: grátis
Museu de Belas Artes: Grátis
Palais de Glace: Grátis
Sorvete da freddo: 20 cada
Doce de leite da freddo: 19
Jantar no José Luis: 315
Vinho no mercadinho: 18

quinta-feira, março 29, 2012

Bons Ares - 19.03 - Palermando parte II




Por mim, poderia ter Palermado o tempo inteiro. Ô lugarzinho gostoso pra passear, namorar, comer  ou simplesmente, caminhar. Então usamos a desculpa de ainda não ter conhecido todos os pontos turísticos do bairro, pra ficar nele durante o dia inteiro! 


Primeiro fomos no Jardim Japonês, pra não correr o risco de pegá-lo, novamente, fechado no final da tarde. O dia tava lindo! Pagamos o ticket e em seguida percebemos que o troco tava errado! Voltamos na portaria e a moça deu o restante. Essa foi a única vez que aconteceu com a gente, mas é bom ficar ligado!


Pra começar, comprei logo um picolé pra refrescar, sabor Batida de Piña, da Arcor. MUITO BOM! Depois seguimos pelo jardim. É bem bonito, cheio de bonsais, pontes, peixes no laguinho,monumentos e muito verde. Nos esbarramos com os conterrâneos o tempo inteiro. Todo mundo falando portunhol e depois percebendo que era tudo farinha do mesmo saco! O Jardim é relativamente pequeno, passamos menos de uma hora por lá e seguimos para o Museu Malba. 






Ele é bem bonito, voltado para obras da America Latina. Vimos alguns até do Rio e da Paraiba! Ele é todo tomado por uma arquitetura moderna que foge ao estilo imaginário de museu! Muito vidro e muito branco, bem clean. Vimos as exposições que estavam por lá,e, dentre elas, um quadro todo pintado de preto. SÓ. Daí escuto do Igor: "Uma coisa é um ovo quebrado, uma merda no prato... Outra coisa é um quadro todo pintado de preto." Ai já é demais, né, namorado? Passamos horas rindo disso. Mas, além do quadro preto, tinham outras coisas legais. Nada diferentão, mas bonito de olhar. 


Ao percorrer todo o MALBA, percebi que não esbarrei com as obras da Tarsila do Amaral e foi quando soube que as principais obras estavam emprestadas para o museu de Huston. Uma pena! De tudo, o que mais curti foi esse banco:

essa raíz de madeira faz uma trepadeira pelos andares!

Saimos do Malba famintos e fomos comer no Restaurante do Guido (Italiano). Tínhamos visto ele no guia de viagens da América Latina que meu namorado comprou e nos chamou atenção o fato de ser um menu fixo, o Menu Degustação, onde você paga um tanto e tem direito a entrada, prato principal, bebida e sobremesa, sem saber do que se trata. Tipo um menu surpresa onde o livro fazia questão de dizer que, apesar de você não escolher o prato, não tinha risco de sair de lá sem comer muito bem! 



Como estávamos próximo a ele, resolvemos arriscar. E que bom! Nossa mãe, chegamos lá com a luz do dia e saimos já escuro. A degustação não tinha fim! 

Primeiro chegaram as duas gasosas (isso eles deixam escolher, pedimos 7up!) e depois veio a entrada, por sinal, o melhor da casa. Comemos sem pena, tanto que o pão acabou e eu comecei a colocar as coisinhas em cima da pizza, até que o garçon trouxe mais pão. Foi a entrada mais feliz de nossas vidas, tenho certeza. Tava divino, limpamos os 5 pires e não acreditamos que ainda tinha o prato principal!

água na boca só de lembrar!

Em sentido horário: uma espécie de canjiquinha temperada, beringela com pimentão, pepino com molho de mostarda, duas fatias de pizza deliciosas e champignon com palmito, kani e lula. Todos bastante temperados, delícia!!!

Quando pensamos que o prato principal estava a caminho, tivemos uma surpresa! Entrada parte II! Duas tortas, uma de queijo com batata e a outra de verduras. Ambas deliciosas!



Quando terminamos as entradas, já estava praticamente satisfeita, mas como sou maga de ruim e o namorado também, mandamos ver nas duas massas que o chef preparou pra gente. Ele optou por fazer uma pasta branca e a outra vermelha, de modo que pudéssemos compartilhar e conhecer um pouco de cada tempero da casa, boa pedida! Um funghi e o outro de tomate com rúcula e manjericão. 




Agora era a vez da sobremesa! E aceitamos só por uma questão brasileira de que "se paguei, vou comer tudo o que tenho direito". Mas já estávamos no limite e comemos um pouquinho de cada coisa, mesmo porque, a sobremesa estava mais bonita do que saborosa! O cafézinho que era a última coisa do menú degustação, deixamos para a próxima. O Igor preferiu tomar em uma cafeteria, mais tarde!


Saímos de lá felizes da vida e fomos até a Santa Fé, atrás de uma loja que vende all star cano alto por 70 reais. Bom, a verdade é que até agora não descobrimos onde ela fica e eu acho que isso foi viagem de uma colega, que indicou, pois em todas as lojas que passamos, o all star tava na faixa de 340 pesos, mais caro que no Brasil!

O tempo deu uma virada e começou a esfriar, mas continuamos o passeio. Ao chegar na Av Santa fé,já sem fé em achar o sapato, começou a chover, e, em seguida, começou a chover granizo! Mas não era granizo do tamanho de uma bolinha de gude não! Meu namorado quase foi atingido por um granizo maior que essa torta da foto acima! Entramos no Shopping Alto Palermo e ficamos impressionados olhando aquele festival de gelo voador em cima dos carros, dos guarda-chuvas e do asfalto.  Aproveitamos que já estávamos por lá e demos uma volta até que a chuva passasse.


Andamos até em casa e abrimos uma Quilmes litrão e uma batata Lays. Pronto, foi a diversão da noite e serviu pra puxar aquele soninho profundo!

Na ponta do lápis:

Jardim Japonês - 16 por pessoa
Malba - 50 por pessoa
Menu degustação do Guido - 120 por pessoa
Chuva de granizo - não tem preço!



quarta-feira, março 28, 2012

Bons Ares - 18.03 - Dia de feirinha!!!





Domingo é dia de feirinha em qualquer lugar do mundo, inclusive, em Buenos Aires. E eu piro em uma feirinha, adoro! Acordamos mais cedo que nos outros dias e partimos pro bairro de San Telmo, onde acontece a feirinha de antiguidades nos finais de semana. Pegamos um ônibus que nos deixou próximo ao fuzuê. Chegamos lá e já demos de cara com uma animação que me fez sentir na feirinha do Lavradio, do Rio de Janeiro (que por sinal eu amo!). 




Artistas de rua, pessoas tomando cerveja nos botecos, gente feliz, sol esquentando o quengo e muita, muita barraquinha com mimos portenhos e outras tantas com artigos antigos. E é esse o foco da feirinha de San Telmo: antiguidade! Muita! Selos, tampinhas, garrafas, vinis, cristais, louças e tudo que se possa imaginar nesse âmbito! Me senti transportada para a casa dos meus sogros, mesmo estando a quilômetros de distância. Em quase todas as barraquinhas eu falava: Eita, essa é a loja da Soninha! Lá na casa deles é assim... Um parque de diversões para diretores de arte de cinema. Mas isso eu conto em um outro post.


Como ainda não havíamos tomado o desayuno, acabamos comendo as delicinhas que apareciam no meio da rua: Empanadas bolivianas!!! A massa lembra a de risole e o recheio parecia o recheio do taco. Não era uma delícia, mas era bom! Seguimos primeiro pela lateral da praça, onde tinham as barraquinhas com presentinhos e coisinhas de feirinha normal, sem ser antiguidade: blusas, bijus, imãs e enfeitinhos. Mas eu achei meio fraquinho, nada além, ainda mais pra quem é acostumado com a feirinha de Ipanema e a do Lavradio. Mas me apaixonei por um conjuntinho de Chef de cozinha da Mafalda, com avental e chapéu e comprei. Liiiindo!





Continuamos a rodar pela praça e vimos uma bandinha tocando ao vivo e a gringalhada ao redor fotografando, batendo palma e colocando umas moedas no chapéu, clássico,né? Olhamos o restante da feirinha, os vários artigos antigos e eu sempre na maior tensão pra não quebrar nada! Tinha um vinil do piazzolla lindo. Tinham uns telefones coloridos e muita prataria e cristais. Ao terminar a feira, me senti meio vazia! Eu tinha apostado todas as minhas fichas nessa feirinha, jurando que ia torrar grande parte dos pesos por lá e voltar cheia de muamba, mas não foi o que aconteceu. 


Av. Del Libertador




Como ainda tava cedo, pegamos nossa lista de dicas de viagem e vimos que nos finais de semana também acontece a feirinha da Recoleta. Não titubiamos e nos mandamos pra lá. Pegamos um ônibus que nos deixou na Av Del Libertador, outra artéria gigante de Buenos Aires, e, de longe, já vimos a movimentação no local. Um gramado gigantesco cheio de pessoas e rodeado por barraquinhas. Nossa! Era aquilo que eu tava querendo!!! E fizemos a festa. Compramos vários mimos pra casa (quadrinhos, imãs, enfeitinhos, etc), comprei algumas roupas pra mim, bijus lindas e  maioria dos presentes também levamos de lá! 


Batuque! Todos lindos! Igor comprou um





A pracinha tava cheia de gente, cheia de cultura, apresentações nos gramados com bandinhas locais, rodas de capoeira, barraquinhas de lanche, uma farra só! Passamos o restante do dia por lá, e, já de noite, jantamos no "Café Victória". Como estávamos empanturrados de tanta carne, optamos por um prato mais leve. Eu fui no fetuccine a bolonhesa e o Igor pediu risoto de salmão. Pra variar veio aquela entrada cheia de pães, torradas e pastas. 






O local era super agradável e curioso: olhamos ao nosso redor e observamos que éramos os unicos com idade menor que 60 anos!!!


De lá, passamos em uma sorveteria chamada "Volta" que também tem em outros bairros de BsAs. Achei o sorvete mais fraquinho em comparação com a Tufic e a Freddo. Mas é sorvete, né? Tá valendo!


Os docinhos do Volta. Hmmm




Voltamos pra casa de ônibus e tomamos a cerveja da Patagônia acompanhada do salame e queijo artesanal que comprei na feirinha da Recoleta. Ê beleza!


A cerveja da Patagônia é um pouco aguada




Na ponta do lápis:
ônibus pra San Telmo para os dois: 2,50 
Queijo e Salame artesanal: 20 cada
Almojanta no Café Victória: 180
Sorvete pequeno Volta: 14


Preço de alguns dos mimos comprados:


Calça peruana (duas) - 150
Pulseira do norte da argentina (duas) - 40
Colar do norte da argentina (dois) - 30
Conjuntinho de chef da Mafalda: 70
Imãs de geladeira: 4 unidades por 10 pesos
cartaz temático (banda, cerveja, filmes) - 10 a unidade



terça-feira, março 27, 2012

Bons Ares - 17.03 - Palermando








O dia começou com café da manhã tomado em uma fiambreria perto de casa. Passamos na frente e Igor viu na vitrine um baguette lindo e quis. Compramos dois e comemos com suco de laranja, bom demais! Depois fomos passear pelo nosso bairro, afinal, chegamos a noite e no outro dia já partimos para o Centro. O dia foi destinado a Palermo. O bairro é dividido em Palermo Viejo, Palermo Soho e Palermo Hollyood. Caminhamos pela Armenia e fomos sentindo a rotina do lugar, tudo muito vivo! 







Passamos em frente a uma sorveteria que me chamou atenção, chamada Tufic e eu, como boa devoradora de sorvetes que sou, pedi pra fazer um pit stop e provei o de dulce de leche de lá. Muito bom! Ela é única, não existe outras pela cidade como a Freddo que tem, estratégicamente, em todos os pontos turísticos. Confesso que essa sorveteria virou meu chodozinho e sempre que passávamos na frente, eu tomava um! Mas indico pedir outro sabor além do de doce de leite, mesmo no pote pequeno (que foi o meu caso), pra não enjoar. Igor tomou o de Sabayon especial e menta, hmmmm. 





Seguimos com o passeio e demos de cara com a pracinha da Armenia e uma feirinha que percorria toda ela. Essa feirinha acontece todos os finais de semana a partir da sexta. Namorei uma bolsa da Mafalda e uma carteira, mas acabei deixando pra comprar em outro lugar, pois sabia que no domingo teria a feirinha de San Telmo. Tinha um caleidoscópio lindo também, com uma lente olho de peixe que dava um efeito genial. Mas também não compramos. 





Continuamos pela Armenia e chegamos na Costa Rica, uma das ruas que cortam a Armenia. Lá é cheio de restaurantes. Andando mais um pouco, demos na Plaza Serrano. Lá é um ponto chave do bairro. Famoso pelos vários bares descolados que rodeiam a praça e a feirinha nos finais de semana. Demos uma volta por lá, olhamos umas lojas, passamos por uns bares, sentimos a brisa e o clima portenho. Voltamos cruzando as ruas pra poder conhecer as "calles" de Palermo. 













Fomos zigzagueando até chegar nos "Bosques de Palermo". Passamos pelo primeiro bosque, cheio de árvores, laguinho com patinhos e pessoas andando de bicicleta, fazendo piquinique, namorando. Lembra o clima delícia do aterro. Fomos no Rosedal e tivemos uma sorte danada, pegamos todas as rosas abertas e lindas. Vermelhas, rosas e brancas. Em determinadas épocas do ano, de rosedal só sobra o nome. Ficamos um tempo por lá e depois tentamos ir no Jardim Japonês, ao lado (faz parte do "bosques de Palermo"), mas ele já estava fechado. Tudo bem, teríamos muitos e muitos dias pra ir lá, e é do lado de casa. 










A fome começou a apertar e a vontade de comer aqueeeela parrilha também! Fomos no restaurante Miranda, também em Palermo e nos esbaldamos. Deus, que coisa deliciosa! A carne derretia na boca, eu quase choro. Pedimos um Lomo e um Colita de Quadril (maminha) e dividimos, juntamente com a guarnição: batata na brasa (tipo cozida, só que feita na brasa) com creme de cebola. Tava tudo divino, de comer rezando. Na saída do restaurante, um moço tocando beatles no saxofone enquanto uma brisa fria percorria a cidade. Delícia de noite!





Na volta pra casa, já tarde, paramos na Tufic novamente e tomamos um de chocolate com mousse de maracujá (demais!!). A sorveteria fica aberta até 3am e o mais engraçado é que ela tava bombando!

Ah, uma coisa que vale ressaltar nesses relatos de viagem: Nos demos o prazer de desfrutar de tudo o que fazíamos com calma. Não ficávamos na correria pra conhecer as coisas, pra mudar de um lugar para o outro ou andar rápido. E isso foi a coisa mais gostosa da viagem: viver e curtir a rotina do lugar. Ir na padaria, tomar cerveja em casa, relaxar bastante e não precisar acordar cedo, já que Buenos Aires em sí só desperta tarde da manhã e segue seu ritmo até muito tarde da noite. E fizemos questão de nos locomover com nossos próprios pés, mesmo que fosse uma distância mais longa. BsAs é uma cidade construída pra caminhar. Quando precisávamos tomar uma condução, optávamos por ônibus, pra olhar a vista pela janela, em ultimo caso usávamos o metrô. Taxi? Apenas na ida e na volta para o Aeroporto, por uma questão logística! Mas no restante dos dias não entramos em nenhum, afinal, estávamos em um apartamento localizado onde toda a noite acontecia e que é deliciosa pra se locomover com os próprios pés! Palermo é o que há!

Chegamos em casa e tomamos a Quilmes litrão. Delícia saber que tá pagando R$3,00 em uma cerveja importada de 1 litro!

Aaaah, Buenos Aires!


Na ponta do lápis:


café na padaria: sanduiches + suco - 27
Sorvete (cada um) - 16

Bosques de Palermo: Rosedal é grátis!
Jantar no Miranda para dois - 230 (eles não cobram cobierto, apesar de ser uma tradição de lá! Em todos os restaurantes eles cobram uma média entr 10 e 15 pesos por pessoa de entrada!)

Bons Ares - 15.03 & 16.03 - O início!



"4 dias são suficientes pra conhecer Buenos Aires". É bastante comum ouvir essa frase quando se trata de um passeio pelas terras portenhas. Mas, vamos lá, o que é conhecer um lugar? Se a resposta for fazer um tour turístico, então realmente 4 dias são suficientes pra conhecer BsAs, aliás, em um dia seria possível fazer isso: Basta comprar o ticket do ônibus de passeio que faz o tour por toda a cidade, te apresentando os locais através de um fone de ouvido onde tudo é explicado, tim tim por tim tim. Se pra você, conhecer um lugar vai além disso, então estás na página certa, e, a partir de agora, te convido a entrar de cabeça (ou melhor, de boca), nessa viagem, e, quem sabe, ainda descolar umas boas dicas para a sua trip.

Esse post vai em especial para a minha mãe (que chega por lá na próxima quinta-feira, pra dançar tango (fina!) e para minha querida amiga Blenda que vai tirar férias por lá. Uma boa maneira de registrar a viagem e dar as boas dicas sem precisar repetir a mesma coisa mil vezes: Caneta e papel nas mãos? Então vamos lá!


Primeiro dia (no caso, noite)



Quando chegou o cobierto,pensamos, tensos, que era a pizza rs
Chegamos no Aeroporto de Ezeiza às 20h da quinta feira, 15. Na realidade o passeio começou antes mesmo do pouso, quando pudemos observar o quão diferente dos demais lugares vistos lá de cima Buenos Aires é. Zero montanhas, espaços enormes sem construções, apenas árvores. Muitas e muitas casas que parecem iguais. Ao desembarcar na cidade, tomamos um taxi e fomos direto para o nosso destino: Rua Armenia, em Palermo Soho. Aliás, melhor escolha de local pra ficar não poderia ter sido feita. As indicações valeram a pena! Palermo é um bairro charmosíssimo de dia e a noite, arborizado, cheio de bosques, bares e lojas lindas. Os restaurantes mais famosos estão por lá, além das festas e vida noturna.

Fizemos o chekin no nosso apartamento e seguimos pra rua atrás de algo pra comer. Ainda perdidos quanto a geografia do local, e, principalmente quanto à "buena onda", caminhamos pela Santa Fé (Av gigantesca que com mentira e tudo liga um lado ao outro da cidade) e, no final das contas, paramos em uma pizzaria pertinho de casa, a Míchí. Fazia um estilo Pub, lembrando a estética do outback. Tinha ouvido falar que não vale a pena comer pizza por lá, pois as nossas são infinitamente melhores, mas fui surpreendida. A pizza tava uma delícia e o cobierto também. Além do local ser agradável e o dono do estabelecimento super receptivo. (passou um bom tempo tentando explicar para nós o que era Jamón.) Em todas as pizzas tinha Jamon e não sabíamos o que era. Até que ele fala que é o braço do porco, através de mímicas. Se tivéssemos chegado de dia, seria a primeira palavra a aprender, afinal, em toda padaria, tem escrito Jamon Y Queso no menu do desayuno.


Após o jantar, ainda ganhamos de cortesia da casa, taças de Champagne. Depois disso, seguimos para o Ap e dormimos ansiosos para o primeiro dia de passeio! 



mimo do Míchí





Ah, já no primeiro dia eu comecei com minhas estabanices e derrubei uma azeitona no copo do meu namorado. Aliás, estabanices foi o que não falou nessa viagem, vez por outra ouvia ele falar: "Só podia ser a minha mulher" e, ao redor, pessoas rindo de mim por alguma coisa!

Na ponta do lápis:

1 real = 2,30 pesos

* Preço em Peso

Taxi de Ezeiza até Palermo - 198
Jantar no Restaurante Míchí para dois - 120



Primeiro dia - 16/03 - Passeio pelo Centro de Buenos Aires



Casa Rosa, na Plaza de Mayo





Tiramos o dia pra conhecer o Centro de BsAs e aproveitamos pra trocar os reais e dólares por peso. Trocamos no Banco de La Nacion, pois a cotação estava boa por lá.Aliás, os melhores cambios estão no Banco de La Nacion e no Banco Piano, ambos no Centro. (Levar identidade e papel da imigração pra cambiar) e nada de confiar nos cambistas de rua, e, por falar em confiança, sempre checar o troco! Eles são meio malandrinhos nisso.

Fomos ao centro de metrô (que foi de graça, pois algumas estações são liberadas a partir de determinado horário) e de lá caminhamos pela famosa Calle Florida. Percorremos por todos os arredores: Casa Rosa, Catedral, obelisco, Café Tortoni, igrejas e ruas, olhamos lojas (achei bem carinho), e paramos para o primeiro almoço no restaurante e café Templar



Primeira Parrilha da viagem!

Eu pedi o tradicional Bife de Chorizo (contra filé) e Igor pediu Lomo (filé mignon) com pimenta negra. De acompanhamento, papas espanholas! (Ah, nunca pedir batata, a não ser que você queira comer batata doce). O meu tava muito gostoso, mas a pedida dele foi certeira. Todo mundo fala do bife de chorizo, mas o Lomo é dez mil vezes melhor, e, conscequentemente mais caro. Mas vale a pena, é bom demais!! A partir daí, o bife de chorizo ficou um pouco escanteado. Após o almoço, já bem de tarde, continuamos o passeio pelo centro, tomamos o primeiro sorvete de doce de leite da Freddo e o ponto final foi na famosa Galeria Pacífico. 


Teto da Galeria Pacífico




Todo mundo indica esse local pra fazer compras, mas, de verdade, é um shopping comum, com marcas renomadas e com preços altos. Bem acima da minha expectativa, aliás, como com tudo relacionado a roupas e calçados. Essa imagem de que os outlets são baratinhos deve ter vindo de alguém cheio de grana que acharia baratinho lá, aqui no Rio ou onde quer que seja. Mas vale o passeio pelo Pacífico! A estética do shopping em sí tem seu charme, um teto muito lindo, uma iluminação bacana, uma sala com exposições de artistas argentinos e uma loja/café deliciosa de produtos da Patagônia. 






E foi lá mesmo que paramos, tomamos o primeiro cafézinho da viagem, uma torta e, de quebra, compramos três cervejas da Patagônia. Uma tomamos lá mesmo e as outras levamos pra casa. O cantinho se chama Abuela Goya, e é charmosíssimo, adorei! Passamos um bom tempo lá.


delícia!


Cerveza da Patagônia


Já a noite, tomamos um ônibus de volta a Palermo, passamos no supermercado e compramos uma Quilmes litrão, um doritão e o primeiro vinho da viagem. O vinho era um dos mais caros da prateleira, e, ainda assim, continua barato em comparação aos rótulos vendidos aqui no Brasil. É impressionante como bebida lá é barato em supermercado ao passo que é caríssimo nos restaurantes!

Fomos para casa e tomamos o vinho ao som de música clássica de uma estação da rádio argentina. O vinho tava divino, bem como o restante da noite.





Na ponta do lápis:

*preço em peso

metrô: 2.50
Almoço no Templar para dois: 170.00
Abuela Goye - Torta: 22 / café com creme: 12 / Cerveja longneck Aguilla: 18 / 2 cervejas litrão Patagônia: 80.
ônibus: 1,20
Quilmes litrão: 6,50
Vinho: 75

 
Ps- Quando chegamos no supermercado, vimos que a cerveja da Patagônia que compramos no Abuela Goye estava pela metade do preço. tsc